O Hobbit e o “excesso de realismo”
Escrito por Cristiano Rosa | Listado em CT News, Filmes | Publicado em 30-04-2012
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A apresentação de Peter Jackson do material filmado a 48 quadros por segundo de O Hobbit causou estranheza e opiniões divididas na CinemaCon, convenção para exibidores que aconteceu em Las Vegas na última semana.
Um filme normal apresenta 24 quadros por segundo. Peter aposta no formato da mesma maneira que o colega de profissão James Cameron apostou no sucesso 3D em Avatar.
Os especialistas presentes no evento comentaram pós e contras da adaptação no estilo. Entre as vantagens, ciram que o 3D parecia ótimo, e os 48 quadros por segundo realmente diminuem o esforço para os olhos.
Já em contrapartida, afirmaram que o Hobbit apenas não parecia algo cinematográfico, mas TV em alta definição. Criticaram também a ausência da taxa de contraste: tudo parecia muito claro ou muito escuro. A maior preocupação foi a de que os 48 frames por segundo tornaram cada cena nítida demais, parecendo mais real. Ao invés de uma experiência cinematográfica imersiva, a Terra Média parecia filmada de uma encenação ao vivo, segundo alguns comentários.
O cineasta afirma que os puristas do cinema criticarão a ausência dos borrões de movimento, mas que muitos deles integram sua equipe - e todos estão agora convencidos da qualidade dos 48 quadros por segundo. “Acreditem, se quando o filme for lançado você tiver a opção de assisti-lo em um cinema capaz de projetar a 48 quadros, você deveria fazê-lo. É sensacional“.
A primeira parte de O Hobbit - Uma Jornada Inesperada (The Hobbit - An Unxpected Journey) - estreia em 14 de dezembro de 2012 e o segundo, The Hobbit - There and Back Again, em 13 de dezembro de 2013.
Fonte: Omelete