Eric Novello

Nome completo: Eric Novello
Idade: 32 anos
Formação: formado como Bioquímico de Alimentos e Roteirista, pra resumir.
Cidade/Estado: Carioca perdido em São Paulo.

1 – Desde que idade você tem o hábito da leitura?
Desde muito novo. Ainda na época dos livros escolares eu já lia bastante de outros títulos, mas só passei a me ver como um leitor aos 15 anos de idade, quando começou a faltar espaço nas prateleiras.

2 – Por que você gosta de ler literatura de fantasia?
Eu gosto de literatura, de boas histórias, independente do gênero. No caso da fantasia, tenho predileção por abordagens mais contemporâneas e não me dou muito bem com fantasia clássica, puro gosto pessoal. Apesar de estar me dedicando a uma série de fantasia e ter um mago exorcista como protagonista, o que me interessa nele não é o poder que ele tem, o truque que ele sabe fazer, e sim o drama do cara, que dores ele tem pra superar, suas qualidades e defeitos. Isso vale também na hora da leitura.
É claro que gosto de me distrair. Consumo literatura de entretenimento sem medo de ser feliz, mas prefiro quando o autor chega perto de temas mais delicados com alguma profundidade, já que a fantasia permite que se aborde preconceitos, medos e inseguranças de uma forma mais rica e abrangente. Acho uma pena quando o vampiro deixa de falar sobre a finitude da vida e passa a ser só mais um cara na cadeira da escola.

3 – Quais são as suas 3 sagas fantásticas literárias preferidas e por quê?
Não tenho grande fixação por nenhuma série, mas vou citar as três que me apresentaram ao mundo da fantasia urbana: The Dresden Files, do Jim Butcher: foi dessa série o primeiro livro do gênero que eu li. Um mago detetive, metamorfos, vampiros, demônios, dragões e tudo o que você imaginar dessa combinação. The Jill Kismet Series, da Lilith Saintcrow, tem uma protagonista caçadora de demônios e cenas bem pesadas, puxadas para o terror. A mitologia é simples, mas ganha por não ter medo de mostrar o que a cena pede, independente do tema ou da violência por trás. Por fim, citaria a tetralogia dos guardiões, do Sergey Lukianenko, que é russo e muito traduzido. Textos bem escritos, de extrema leveza, e que não se sustentam nas cenas de ação. O final do primeiro livro, inclusive, é um total anticlímax filosófico proposital. Aprendi bastante com os três, peças fundamentais do que decidi desenvolver como autor de fantasia.

4 – Em sua opinião, o que essa literatura acrescenta a você e aos seus leitores?
Mais uma vez, o que acrescenta é a boa literatura, independente do gênero. Um livro ruim só acrescentará traças na sua prateleira. Livros e leitores têm diálogos muito particulares e que não se repetem de um leitor para outro. Em um dos livros que trabalhei, Alma e Sangue – O Despertar do Vampiro, de Nazarethe Fonseca, havia uma cena em que a mocinha apanhava feio de um personagem masculino. Apesar de a Naza não ter intenção direta de discutir o problema da violência contra a mulher, alguns leitoras se identificaram com a cena e foram conversar com ela sobre o assunto. Então, como autor, eu quero que meus livros acrescentem aos leitores da mesma maneira. Às vezes em um livro inteiro que só tem a intenção de entreter, uma frase faz a diferença para alguém.

5 – O que você faz para divulgar e incentivar a leitura de livros fantásticos?
O meu principal incentivo é apresentar um trabalho de qualidade para os leitores, porque nada afugenta mais o público do que a enxurrada de livros ruins que temos de tempos em tempos no mercado. Além disso, faço copidesque e atuo na orientação de autores, dois trabalhos que pretendo aumentar a carga ano que vem. Acho importante ajudar esse pessoal a chegar ao público, verdadeiro responsável pelo crivo mais cruel (e desejado) que existe.
Na Internet, escrevi durante alguns anos resenhas para o portal de arte Aguarrás, sendo uma boa leva de livros de fantasia. Mais tarde criei o site Fantastik, com divulgação pesada de lançamentos e eventos, mas que saiu do ar para eu me dedicar a projetos pessoais.
Nas redes sociais, sempre passo adiante o que acho bom ou minimamente relevante.

6 – Que publicações você já tem?
Tenho 3 romances publicados: Dante - o guardião da morte, Histórias da noite carioca e Neon Azul. Participações em coletâneas: De fumaça e sombras (Necrópole - histórias de bruxaria), Fogo de artifício (Paradigmas 1), O cheiro do suor (Imaginários 2), O dia da besta (Vaporpunk), Sonhos e refúgios (Queer, vol. Laranja) e Esqueletos no armário (24 letras por segundo), com mais alguns contos por vir ainda este ano.

7 – Quais são os seus projetos atuais?
Como autor, vou me dedicar nos próximos anos somente a dois projetos. O primeiro a ser publicado será a série “Magos Urbanos”, que começa com Exorcismos, Amores e Uma Dose de Blues em 2012. Passei dois anos formatando esse universo de magos, metamorfos e outros seres sobrenaturais em uma grande metrópole, e agora estou escrevendo os livros que irão se passar dentro dele. O outro projeto é a versão 2.0 do meu primeiro romance, seguindo a mesma proposta do Magos Urbanos de quebra de fronteiras entre gêneros, mas com a ambientação 100% inspirada na Roma de Julio Cesar. Mas é cedo para falar sobre ele. Por enquanto, será Magos Urbanos na cabeça.
Como roteirista, tenho uma websérie em fase de captação de recurso. E como organizador, estou terminando a coletânea Fantasias Urbanas para a editora Draco. Serão nove noveletas passadas em diferentes mundos de fantasia.

8 – Uma mensagem aos leitores do blog CT:
Comam verduras!

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