Rochett Tavares

Nome completo: Rochett Tavares
Idade: 36 anos
Formação: Técnico em Processamento de Dados
Cidade/Estado: Nasceu no Rio de Janeiro/RJ e reside em Fortaleza/CE.

1 – Desde que idade você tem o hábito da leitura?
Desde minha mais tenra infância. Nessa época, li os clássicos universais, inúmeros livros de FC, quadrinhos da mais variada sorte, conheci Robert Howard e seu universo Hiboriano. Ao curso dos anos, descobri Philip K. Dick, H. P. Lovecraft e suas histórias onde seres por ele nomeados “Os Grandes Antigos” buscavam um modo de estender sua corrupção a nosso mundo.

2 – Você gosta de ler Literatura Fantástica? Por quê?
Por me levar a tempos e/ou lugares onde posso ser um explorador, um astronauta, um caçador de monstros, um lobisomem, vampiro ou uma múmia de 3500 anos. Por me libertar das amarras do cotidiano e deixar meu espírito vagar livre por reinos onde posso encontrar aquilo que meu intelecto anseia: o conhecimento de universos totalmente novos e surreais.

3 – Quais são as suas 3 sagas fantásticas literárias preferidas e por quê?
Apenas 3? Essa é difícil responder! Depois de pensar bastante, fico com essas: Gilgamesh foi um dos primeiros textos de LitFan produzidos pelo homem; influenciou quase todas as mitologias ocidentais; Jonh Carter nos leva a um mundo totalmente diverso ao nosso, habitado por seres desconhecidos, onde a vida está se esvaindo em meio a uma guerra por reinos abandonados e cidades cobertas pelo pó das eras; Conan por ser um marco gênero “sword & sorcery”. Em seus contos, Robert Howard desfia um universo que poderia ambientar-se em qualquer outro mundo. Reinos de torres brilhantes, nações onde tumbas sombrias encerram mistérios ancestrais, mulheres de cabelos tão negros quanto a noite caminham entre soldados ostentando armaduras de aço e espadas cobertas de sangue, onde o insólito e o fantástico podem surgir a qualquer momento e um simples mercador ser muito mais do que aparenta.

4 – Em sua opinião, o que essa literatura acrescenta aos seus leitores?
Estimula o imaginário, nos dá a possibilidade de vislumbrar realidades onde o comum não obteve vitória ao tentar esmagar nossos espíritos. Lendo obras de LitFan, podemos, como disse acima, vestir a pele de seres com os quais sempre sonhamos nos tornar (ou não) um dia. Descobrir mundos surreais e experimentar coisas que a (enfadonha) realidade jamais permitiria.

5 – O que você faz para divulgar e incentivar a leitura de livros fantásticos?
Participando e divulgando eventos e obras relacionados não só à LitFan, mas à literatura em geral. Numa iniciativa independente criei, em 2011, o Projeto Livros Grátis, visando trazer ao leitor e-books gratuitos e de qualidade. Lá estão os e-books Anakagawea, Os Selvagens Cadáveres de Guerra (antologia com a participação de C. R. Gondim, Alec Silva, Celly Monteiro, Erich Musashi, Monika Krupp e Marcelo Claro), Se7e Visões (Alec Silva), Green Death (Alfer Medeiros) e O lado oculto de Rose (Ademir Pascale).

6 – Que publicações você já tem?
Por casas editoriais são três: Criaturas, pela Editora Labarca; Abismo (cuja primeira versão saiu pela RHS e agora virá revista e ampliada) pela Editora Literata); Nefastos pela Editora Literata. Pelo projeto Livros Grátis (e-books gratuitos): Anakagawea; Os Selvagens Cadáveres de Guerra.

7 - Fale um pouco sobre sua obra publicada mais recente:
Nefastos é, sob muitos aspectos, o fechamento de um ciclo. Não escrevo dialogias, trilogias, quadrilogias. É, apenas, uma etapa do caminho que foi finalizada. Nele, alguns mistérios acerca do universo de Maurice Lacroix são revelados (para os que acompanham as aventuras do inspetor do serviço de segurança pública de uma Paris alternativa) serão informações de extrema relevância. Para os que estão travando contato com o francês pela primeira vez, será como um prelúdio. Surge uma nova série: um soldado colonial inglês vive uma aventura fantástica entre o Egito e o Sudão em meados do séc. XX. Richard Greyhawk encontra os leões de Aksum em meio ao que seria uma simples missão de busca a artefatos roubados por um bando de saqueadores do deserto. Há também um crossover entre meu universo e o do autor e amigo Alfer Medeiros. A idéia surgiu de um papo onde começamos a imaginar o que aconteceria se suas personagens encontrassem as coisas que habitam minhas narrativas. No melhor estilo dos saudosos encontros da década de 80 publicados aqui pela Editora Abril (Super-Homem VS Homem-Aranha e Batman VS Hulk) um certo grupo se embrenha na tundra canadense e vislumbram um horror esquecido pelo tempo.

8 – Quais são os seus projetos atuais?
No momento estou me dedicando à leitura dos contos enviados para a antologia Masmorra do Horror que sairá em breve pela Editora Literata (versão impressa) e Editora Online Corujito (versão digital). A um projeto de roteiro para quadrinhos e ao meu próximo livro, que será lançado ano que vem (setembro, provavelmente) pela Editora Literata. Esse será algo tenebroso e ainda mais pesado que seus “irmãos” mais velhos!

9 – Uma mensagem aos leitores do blog CT:
Leiam obras que os recordem de que somos livres e jamais poderemos ser domados pelas amarras do cotidiano.
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