Albarus Andreos

Nome completo: Albarus Andreos
Idade: 42 anos
Formação: Engenharia Mecânica, licenciatura em Ciências e pós-graduação em Língua Portuguesa voltada para a formação de leitores
Cidade/Estado: Lauro de Freitas/BA

1 - Desde que idade você tem o hábito da leitura?
Seis ou sete anos… Assim que comecei a juntar letras e formar palavras.

2 - Por que você gosta de ler literatura de fantasia?
Difícil responder. É como responder porque se gosta de comer bife com batatas fritas… Gosto porque é o máximo! Gosto de ler. E isso significa que leio desde a literatura mainstrem, passando pela literatura técnica (que aí, sou é obrigado, pela minha profissão), até literatura de gênero, como a policial, a ficção-científica, e a fantasia. Leio porque é gostoso, porque me diverte, porque me distrai, porque torna minha vida mais agradável, porque é bom, porque é saudável… porque… porque… isso não vai terminar nunca!

3 - Quais são as suas 3 sagas fantásticas literárias preferidas e por quê?
O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien (literatura de primeira linha, origem da moderna literatura de fantasia, que traz elementos da mitologia grega, como os Argonautas, reinventando a comitiva de heróis que se junta para uma busca cheia de perigos. Tolkien trouxe arquétipos à literatura de fantasia que se tornaram quase que obrigatórios); Crônicas Saxônicas, de Bernard Cornwell (Cornwell é o melhor escritor de sagas históricas, da atualidade. Crônicas Saxônicas agrega, além dos elementos de literatura histórica costumeiros, muito mais elementos de fantasia que nas suas sagas anteriores, como nas Crônicas de Artur, por exemplo, onde a magia parece ser muito mais um instantâneo das superstições do povo do que um elemento fantástico, mesmo. Suas cenas de batalhas são memoráveis e a narrativa encorpada, criando um clima que se mistura entre o mágico e o real e dando aos seus personagens personalidades marcantes.). E, em terceiro, Harry Potter, por ter elevado a literatura de fantasia a um patamar jamais alcançado. Criando um mundo apaixonante de magia e mistério, com elementos fantásticos bem explorados e instigantes para tantos jovens e adultos mundo afora. Devemos à Harry e seus amigos uma nova “armada” de leitores mundo afora, crianças que viram que literatura pode ser tão importante, culturalmente, e divertida como os videogames e o cinema.

4 - Na sua opinião, o que essa literatura acrescenta a você e aos seus leitores?
A fantasia é essencial para nos proporcionar o sonho. Literatura que fale do mundo real, também é boa, mas não tem os componentes fantásticos que libertam do cotidiano. A literatura de fantasia cria o hábito de usar a imaginação, importantíssimo, como dizem os educadores, para a formulação de pensamentos abstratos, como exigido, por exemplo, pelo raciocínio matemático. O mundo real é real demais para que as pessoas possam ficar nele a vida toda. Imaginar é essencial para a fé, para a confiança no próximo, para o amor… Por isso a literatura de fantasia é meu gênero favorito.

5 - O que você faz para divulgar e incentivar a leitura de livros fantásticos?
Falo bem deles. E faço isso em lugares onde seria recomendando não falar, como, por exemplo, um evento de que participei algumas vezes, onde as pessoas gostavam de poesia… O poeta é um fantasioso por natureza. Mas a literatura em versos exige um grau de abstração muitíssimo elevado, que infelizmente não possuo. Minha poesia está na fantasia que escrevo, em cada linha, em cada página. A fantasia permite a um escritor ser lírico escrevendo em prosa, e isso é magnífico! Quando escritores como Borges e Juan Rulfo escreveram liricamente em prosa, estavam fazendo literatura fantástica, o gênero em que a fantasia se insere! Por isso não me canso de propalar meu amor pela literatura de fantasia.

6 - Que publicações você já tem?
Escrevi um conto muito elogiado na coletânea Anno Domini – Manuscritos Medievais (Andross Editora, 2008), intitulado A Menina Elfa e, recentemente, a Giz Editorial publicou um livro que já havia publicado numa editora por demanda, chamada Lulu.com, dos Estados Unidos, livro este intitulado A Fome de Íbus – Livro do Dentes-de-Sabre, que pode ser achado numa edição revista e muito bem acabada nas melhores livrarias e pela internet. Além disso tenho contos publicados no meu blog literário e por sites afora (como o www.contosfantasticos.com.br).

7 - Quais são os seus projetos atuais?
Estou procurando uma editora para publicar o segundo livro da saga A Fome de Íbus, intitulado Livro da Escuridão, já que os planos da Giz Editorial não correspondem aos meus próprios. Além disso tenho outro livro, com a temática de vampiros, também saindo do forno, esperando uma editora que se interesse.

8 - Uma mensagem aos leitores do blog CT:
As grandes livrarias tem o hábito de “selecionar” os livros que ocuparão suas prateleiras usando do puro e simples “preconceito”, ou seja: se é autor nacional, iniciante, de editora pequena, então é ruim! Já as pequenas livrarias, bem… elas simplesmente vão na onda das grandes. Não se dão ao trabalho de avaliar um press release ou testar duas ou três unidades do livro, para ver se sai. Então, se você tiver interesse em adquirir meu livro, sugiro que você procure nos sites on-line dessas mesmas livrarias onde você não encontrou A Fome de Íbus fisicamente, que tem! O que já é um bom sinal (Cultura, Submarino, Americanas, Saraiva, Cia. dos Livros etc). Se tiver oportunidade de verificar que o meu é bom, divulgue! E não estou só falando de minha obra, Ok! Divulgue a literatura fantástica nacional. O que vejo muito, pelos colegas escritores que estão na mesma situação é muita choradeira e muito pouca coisa prática pra divulgar o livro de fantasia brasileiro. Já cansamos de ver que a mídia é controlada por grandes corporações e pelo sistema. A net ainda está aqui para propiciar uma nova mudança de paradigma. Vai haver um dia em que a internet vai ser toda controlada também, como na China. Aí, essa troca de impressões, de pessoa para pessoa, sem passar pelo controle do sistema, vai acabar também!! As pessoas são convencidas pela mídia que um determinado livro é ótimo, e acabam comprando não só o livro, mas a idéia e, sem pestanejar, sem botar o senso crítico em prontidão, saem por aí propalando a mesma coisa, mesmo se, no fundo, a impressão que ela teve foi outra. Fique alerta. Sei que é chato ser contra a patotinha refinada e “chic”, mas meu livro pode muito bem ser também o livro da patotinha, só que as pessoas ainda não sabem disso. Em vez de saber pelos outros, seja você então a pessoa que vai fazer os outros saberem! É o que lhe peço. Afinal, você faz parte da “casta” dos leitores de livros, e você tem esse poder!!!

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